sábado, 27 de novembro de 2010

Considerações finais

Ao longo deste curso tínhamos como uma das atividades a serem realizadas fazer uma postagem semanal no blog/portfólio refletindo sobre as aprendizagens construídas naquele período.
Para tal trabalho precisávamos analisar o que havíamos estudado e realizar uma espécie de síntese, registrando aquilo que era mais significativo. Este ato de registrar exigia este esforço de visualizar o “todo” e selecionar o que era mais relevante. Em muitos momentos tivemos que relacionar as aprendizagens construídas com embasamento teórico, dando um suporte maior ao que estávamos registrando/afirmando.
Esta atividade no blog/portfólio exigiu de mim, muitas vezes, ler e reler textos, refletir sobre a minha prática do estágio, sobre qual é o objetivo de ser professor, como oportunizar atividades aos alunos que realmente os façam aprender, entre tantas outras meditações.
Acredito que a proposta de fazer com que o aluno despenda de maiores reflexões é muito importante, não basta somente realizar atividades e não analisar o que deu certo e o que não deu e o porquê de algo não ter dado certo. Este momento é muito significativo, pois o aluno vai analisar o seu objeto de estudo nas suas minuciosidades até encontrar uma resposta satisfatória para tal desequilíbrio, constituindo uma nova consolidação, uma nova forma de existência, como coloca Vasconcellos (2005).
Foram muitas as consolidações de aprendizagens devidas ao ato de realizar estas postagens neste espaço.

Referência Bibliográfica:
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do Conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2005.

domingo, 21 de novembro de 2010

Eixo IX

No eixo IX, tive como uma das atividades a serem realizadas, a construção do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).
No início deste trabalho, eu tinha como pergunta central que norteava a minha pesquisa “como a metodologia dialética contribui na construção de conhecimentos?”, mas, com o desenvolver do trabalho tive que despender de maiores reflexões e senti a necessidade de modificar a pergunta norteadora, passando esta a ser “qual o perfil de professor que traz marcas positivas às memórias das pessoas?”, onde mencionei que os estudos oportunizados pela universidade ao longo do curso, em especial, o estágio me conduziram a elaboração de uma hipótese: Que a afetividade e o diálogo crítico são traços importantes e significativos de professores, que são lembrados, de forma positiva, por seus ex-alunos. Com base nesta hipótese, a pesquisa de campo visou pesquisar se isto realmente se comprovava.
Este trabalho apoiou-se em pesquisa bibliográfica e em um estudo exploratório- qualitativo. A pesquisa bibliográfica teve como referencial teórico os estudos de Vygotsky, Celso Vasconcellos, Alexandra Alves de Vasconcelos, Libâneo além das contribuições de outros teóricos que possuem muito a acrescentar na área da interação e da mediação aluno-conhecimento-realidade. O estudo exploratório-qualitativo baseou-se em entrevistas orais dirigidas a adultos e a observação de suas respectivas respostas e comportamento frente às indagações.
Pude constatar, com este grupo de entrevistados, que a afetividade se mostrou uma característica fundamental nas relações entre professores e alunos, algo que pode auxiliar o processo de construção do conhecimento assim como inibi-lo, dependendo da forma como são estabelecidas estas relações como aponta Vasconcellos (2005). O diálogo crítico, a interação são aspectos que foram mencionados por vários integrantes como algo necessário e importantíssimo para a construção de conhecimentos significativos.

Referência Bibliográfica:
VASCONCELLOS. Celso dos Santos. Construção do Conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2005.


domingo, 14 de novembro de 2010

Eixo VIII

No eixo VIII realizei o estágio com uma turma de 4ª série. A partir dos conhecimentos construídos ao longo de meus estudos, do apoio da supervisão e da professora titular da turma acredito ter contribuído, significativamente, na construção de aprendizagens por parte de meus alunos assim como aprendi muito com eles.
Realizei várias atividades interessantes como leituras de imagens abrangendo questões como os afro-descendentes, os indígenas, as desigualdades sociais; pesquisas com pessoas de mais idade da comunidade sobre as mudanças ocorridas ao longo dos anos incluindo as modificações na natureza devido à ação do homem; pesquisas na internet sobre o vulcão Vesúvio que ocorreu na Itália, sobre um vulcão que entrou em erupção na Islândia, construção de maquetes sobre o sistema solar, construção de vulcões, de gráficos sobre as etnias dos integrantes de nossa turma, entre outras.
Durante a realização destas e outras atividades sempre usei muito do diálogo crítico, questionante. Muitas vezes, quando indagada realizava outra pergunta fazendo com que a turma pensasse sobre o assunto abordado. Perguntas que os próprios alunos faziam colegas respondiam, em seguida eu fazia uma nova pergunta e assim seguíamos conversando.
Percebi que estes diálogos envolviam os alunos, eles participavam ativamente se posicionando e defendendo o seu ponto de vista, compreendiam o que estava sendo abordado. Isto chamou a minha atenção, pois, os educandos analisavam as situações que ocorriam no seu espaço de uma forma crítica, o olhar ia além daquele local em que nos encontrávamos.
“Uma das tarefas básicas do educador é fazer pensar, propiciar a reflexão crítica e coletiva em sala de aula, pois só esta poderá assegurar uma aprendizagem efetiva.” (VASCONCELLOS, 2005, p. 99). Foi isto que eu procurei desenvolver durante este período prático.
Foi do meu estágio que surgiu o interesse em desenvolver o TCC baseada na temática “diálogo”.

Referência Bibliográfica:
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2005.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Eixo VII

Na interdisciplina “didática, planejamento e avaliação” do eixo VII, no texto de Maria Bernadette Castro Rodriguês, “Planejamento: Em busca de caminhos” encontrei aspectos de grande relevância sobre o ato de planejar, onde o professor deve possuir intenções, pensar em que tipo de aluno e sociedade pretende construir. Isto implica em possuir pressupostos teóricos que estabelecem diretrizes do trabalho, definindo procedimentos e estratégias metodológicas. A autora coloca (p. 03):
“Planejar é a constante busca de aliar o “para quê” ao “como” através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável do processo."
Durante a realização de meu estágio, sempre tive em mente estes objetivos, selecionava o que eu considerava importante para a vida de meus alunos, seja na sua vida pessoal como em sociedade, propondo atividades que levassem em conta estes norteadores.
Uma das formas que encontrei para trabalhar estas questões com os alunos foi utilizando o diálogo crítico, questionador acerca dos “conteúdos”, onde a afetividade permeava as relações contribuindo para um clima de respeito e harmonia entre todos. Acredito que o trabalho de um professor que é lembrado, de forma positiva, por seus alunos e ex-alunos deve estar pautado em diretrizes claras e objetivas onde, provavelmente, o diálogo intenso, entre todos os envolvidos é um dos fatores que contribui para estas lembranças.

sábado, 30 de outubro de 2010

Abordagem das postagens do mês de outubro

Durante o mês de outubro realizei três postagens em meu portfólio referentes ao meu tema de pesquisa do TCC.
Na postagem do eixo IV trouxe questões referentes ao desenvolvimento das noções de tempo e espaço, da interdisciplina representação do mundo pelos estudos sociais, onde utilizei o diálogo, com ênfase em atividades que desenvolvessem tais noções.
Na postagem do eixo V, na interdisciplina psicologia da vida adulta eu trouxe o conceito de adulto elaborado por um grupo, no qual eu fazia parte, considerando a importância da interação dos indivíduos com o seu meio e com os outros visando à formação plena do ser adulto.
No eixo VI, eu citei exemplos de atividades onde utilizei o diálogo crítico, questionante, acerca da realidade concreta dos educandos, como exemplo, a leitura de imagens (de uma menina indígena, de dois meninos afros descendentes e de uma mulher loira). Por meio desta atividade, pude trabalhar diversas questões como o respeito às diversas culturas, aos modos de vida dos diversos grupos indígenas, dialogamos sobre as várias etnias, sobre as escolas dentro das aldeias que respeitam os valores daqueles grupos, que há índios na universidade, sobre as ancestralidades de cada educando.
Foi muito bom revisitar as interdisciplinas já cursadas, hoje, possuo um olhar diferente sobre os mesmos objetos de estudo trabalhados naquela época, porque hoje eu sou diferente da pessoa que eu era naquele período. As experiências vão nos modificando com o passar do tempo, vamos crescendo.
Um exemplo de crescimento foi a elaboração de meu TCC, agora, nesta última semana, após maiores reflexões, senti a necessidade de modificar a pergunta central que estava norteando o meu trabalho. Acredito que isto faz parte da construção; esta mudança veio a facilitar o andamento e conclusão de meu TCC.
Eu tinha como pergunta central de minha pesquisa “como a metodologia dialética contribui na construção de conhecimentos?” e agora o foco de minha investigação mudou, mas, sem ser necessário realizar grandes modificações dentro do corpo do trabalho, passando a ser “qual o perfil de professor que traz marcas positivas nas memórias das pessoas?”, onde deixei claro que devido aos meus estudos e principalmente com o estágio, passei a possuir uma hipótese, que a afetividade e o diálogo crítico, questionante são traços importantes de um professor que é lembrado por seus alunos e ex- alunos. Pretendo com a investigação, averiguar se esta hipótese se confirma ou não.

domingo, 24 de outubro de 2010

Eixo VI

Relendo as atividades e textos solicitados ao longo do curso, encontrei no eixo VI, na interdisciplina de “Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História” o texto de Daniel Manducuru, “Em busca de uma Ancestralidade Brasileira”, onde este autor fala da necessidade de trabalhar com todos os educandos a ancestralidade destes indivíduos, pois desta forma, as pessoas definem a sua identidade, conhecem os valores e modos de viver pertencentes a sua cultura, possibilitando, desta forma, a aceitação de suas características individuais e a das outras pessoas.
Este autor coloca (p. 03):
“Quando a gente se percebe continuador de uma história, nossa responsabilidade cresce e o respeito pela história do outro também. É preciso trazer a figura dos antepassados para dentro da escola. Trazer suas histórias, seus comprometimentos, suas angústias, sua humanidade. É preciso fazer com que nossas crianças possam buscar a riqueza de nossos ancestrais, dos avós, bisavós. É preciso abrir espaço na escola para que o velho avô venha contar histórias que ele ouvia na sua época de criança e ensine e cante as cantigas de roda. Tudo isso, não como saudade de um tempo que já se foi, mas para dar sentido ao presente; para trazer a emoção de terem vivido um tempo que muito pode ensinar aos jovens modernos.”
Com base nos conhecimentos adquiridos ao longo de minha vida pessoal e dos estudos, trabalhei com meus alunos a ancestralidade deles. Dei para cada educando três imagens: De uma menina indígena, de dois meninos afros descendentes e de uma mulher loira.
Pedi para que analisassem as imagens, uma menina disse que a mulher loira era mais bonita, perguntei por que ela achava isso, ela, tentando disfarçar, disse que a achava mais bonita porque era loira, estava sorrindo... Esta leitura de imagens provocou grandes discussões na sala de aula, dialogamos sobre a questão indígena, dos afros descendentes, fiquei surpresa quando os indaguei sobre suas origens, ninguém sabia sua etnia.
Após as discussões, cada aluno colou em seu caderno as imagens e descreveram, de uma forma minuciosa, o que observavam.
Propus aos alunos para que pesquisassem com seus pais ou avós qual a sua origem étnica. Todos eram descendentes de alemães, além desta descendência a professora titular da turma e uma menina eram também descendentes de grupos indígenas, uma outra menina possuía descendência italiana e um menino era afro descendente.
Construímos uma tabela com os dados obtidos e após, um gráfico.
Estas atividades promoveram diálogos riquíssimos em sala de aula, onde os alunos conheceram a sua ancestralidade, perceberam que os grupos indígenas não se encontram somente lá nas aldeias, distantes, mas, que, fazem parte da constituição de colegas, que os indígenas assim como os italianos, os alemães, os afros descendentes e outros povos foram se miscigenando formando as pessoas que hoje se encontram em nossa sociedade, cada um com suas características individuais.

domingo, 10 de outubro de 2010

Eixo 5

Relendo as atividades do eixo 5, encontrei na interdisciplina de psicologia da vida adulta, no seguinte endereço: http://psicologiavidaadulta-tc.pbworks.com/
o conceito de ser adulto, elaborado por grupos de alunos de nossa turma.
Três grupos destacaram a grande importância da interação dos indivíduos com o seu meio e com os outros seres como algo necessário para um bom desenvolvimento do ser humano, visando um adulto responsável e consciente de seus atos.
Apresento o que o meu grupo elaborou a respeito deste conceito (ser adulto): “É estar em constante construção da aprendizagem, a qual se dá pela interação dos indivíduos com o meio”. (Rosimere, Maria Aparecida, Márcia, Vanícia, Mineide e Simone Matos).
Esta interação procurei promover durante a realização de meu estágio; e uma das ferramentas usadas para a obtenção de tal objetivo foi o diálogo, este o usei intensamente, trabalhando os “conteúdos” de sala de aula relacionando-os com a realidade concreta dos educandos, problematizando seus interesses.
Um exemplo de problematização dos interesses dos alunos foi quando oportunizei uma discussão em torno da colocação de um educando sobre o seu desejo em se tornar caminhoneiro, quando adulto. Falamos sobre as dificuldades que estes profissionais encontram no dia-a-dia, como o excesso da carga horária de trabalho, o uso de arrebites, os males que esta droga pode ocasionar, se vale a pena “trocar” a saúde pelo dinheiro obtido com o uso desta droga, dialogamos sobre a necessidade de estudarem para que obtenham um trabalho que ofereça melhores condições e etc..